sábado, 21 de fevereiro de 2009

O rouxinol e a rosa.


O rouxinol e a rosa /Oscar Wilde

"Ela disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse rosas vermelhas", exclamou o jovem Estudante, "mas em todo o meu jardim não há nenhuma rosa vermelha."Do seu ninho no alto da azinheira, o Rouxinol o ouviu, e olhou por entre as folhas, e ficou a pensar."Não há nenhuma rosa vermelha em todo o meu jardim!", exclamou ele, e seus lindos olhos encheram-se de lágrimas. "Ah, nossa felicidade depende de coisas tão pequenas! Já li tudo que escreveram os sábios, conheço todos os segredos da filosofia, e no entanto por falta de uma rosa vermelha minha vida infeliz.""Finalmente, eis um que ama de verdade", disse o Rouxinol.

"Noite após noite eu o tenho cantado, muito embora não o conhecesse: noite após noite tenho contado sua história para as estrelas, e eis que agora o vejo. Seus cabelos são escuros como a flor do jacinto, e seus lábios são vermelhos como a rosaI de se desejo; porém a paixão transformou-lhe o rosto em marfim pálido, e a cravou-lhe na fronte sua marca.""Amanhã haverá um baile no palácio do príncipe", murmurou o jovem Estudante, "e minha amada estará entre os convidados. Se eu lhe trouxer uma rosa vermelha, ela há de dançar comigo até o dia raiar. Se lhe trouxer uma rosa vermelha, eu a terei nos meus braços, e ela deitará a cabeça no meu ombro, e sua mão ficará apertada na minha. Porém não há nenhuma rosa vermelha no meu jardim, e por isso ficarei sozinho, e ela passará por mim sem me olhar. Não me dará nenhuma atenção, e meu coração será destroçado.

""Sim, ele ama de verdade", disse o Rouxinol. "Aquilo que eu canto, ele sofre; o que para mim é júbilo, para ele é sofrimento. Sem dúvida, o Amor é uma coisa maravilhosa. É mais precioso do que as esmeraldas, mais caro do que as opalas finas. Nem pérolas nem romãs podem comprá-lo, nem é coisa que se encontre à venda no mercado. Não é possível comprá-lo de comerciante, nem pesá-lo numa balança em troca de ouro"."Os músicos no balcão", disse o jovem Estudante, "tocarão seus instrumentos de corda, e meu amor dançará ao som da harpa e do violino. Dançará com pés tão leves que nem sequer hão de tocar no chão, e os cortesãos, com seus trajes coloridos, vão cercá-la. Porém comigo ela não dançará, porque não tenho nenhuma rosa vermelha para lhe dar." E jogou-se na grama, cobriu o rosto com as mãos e chorou.

"Por que chora ele?", indagou um pequeno Lagarto Verde, ao passar correndo com a cauda levantada."Sim, por quê?", perguntou uma Borboleta, que esvoaçava em torno de um raio de sol."Sim, por quê?", sussurrou uma Margarida, virando-se para sua vizinha, com uma voz suave."Ele chora por uma rosa vermelha", disse o Rouxinol."Uma rosa vermelha?", exclamaram todos. "Mas que ridículo!" E o pequeno Lagarto, que era um tanto cínico, riu à grande.

Porém o Rouxinol compreendia o segredo da dor do Estudante, e calou-se no alto da azinheira, pensando no mistério do Amor.De repente ele abriu as asas pardas e levantou vôo. Atravessou o arvoredo como uma sombra, e como uma sombra cruzou o jardim.No centro do gramado havia uma linda Roseira, e quando a viu o Rouxinol foi até ela, pousando num ramo."Dá-me uma rosa vermelha", exclamou ele, "que cantarei meu canto mais belo para ti". Porém a Roseira fez que não com a cabeça."Minhas rosas são brancas", respondeu ela, "tão brancas quanto a espuma do mar, e mais brancas que a neve das montanhas. Porém procura minha irmã que cresce junto ao velho relógio de sol, e talvez ela possa te dar o que queres."Assim, o Rouxinol voou até a Roseira que crescia junto ao velho relógio de sol."Dá-me uma rosa vermelha", exclamou ele, "que cantarei meu canto mais belo para ti."Porém a Roseira fez que não com a cabeça."Minhas rosas são amarelas", respondeu ela, "amarelas como os cabelos da sereia que está sentada num trono de âmbar, e mais amarelas que o narciso que floresce no prado quando o ceifeiro ainda não veio com sua foice. Porém procura minha irmã que cresce junto à janela do Estudante, e talvez ela possa te dar o que queres.

"Assim, o Rouxinol voou até a Roseira que crescia junto à janela do Estudante."Dá-me uma rosa vermelha", exclamou ele, "que cantarei meu canto mais belo para ti."Porém a Roseira fez que não com a cabeça."Minhas rosas são vermelhas", respondeu ela, "vermelhas como os pés da pomba, e mais vermelhas que os grandes leques de coral que ficam a abanar na caverna no fundo do oceano. Porém o inverno congelou minhas veias, e o frio queimou meus brotos, e a tempestade quebrou meus galhos, e não darei nenhuma rosa este ano.""Uma única rosa vermelha é tudo que quero", exclamou o Rouxinol, só uma rosa vermelha! Não há nenhuma maneira de consegui-la?""Existe uma maneira", respondeu a Roseira, "mas é tão terrível que não ouso te contar." "Conta-me", disse o Rouxinol. "Não tenho medo.""Se queres uma rosa vermelha", disse a Roseira, "tens de criá-la com tua música ao luar, e tingi-Ia com o sangue de teu coração. Tens de cantar para mim apertando o peito contra um espinho. A noite inteira tens de cantar para mim, até que o espinho perfure teu coração e teu sangue penetre em minhas veias, e se torne meu.

""A Morte é um preço alto a pagar por uma rosa vermelha", exclamou o Rouxinol, "e todos dão muito valor à Vida. É agradável, no bosque verdejante, ver o Sol em sua carruagem de ouro, e a Lua em sua carruagem de madrepérola. Doce é o perfume do pilriteiro, e as belas são as campânulas que se escondem no vale, e as urzes que florescem no morro. Porém o Amor é melhor que a Vida, e o que é o coração de um pássaro comparado com o coração de um homem?"Assim, ele abriu as asas pardas e levantou vôo. Atravessou o jardim como uma sombra, e como uma sombra voou pelo arvoredo.O jovem Estudante continuava deitado na grama, onde o Rouxinol o havia deixado, e as lágrimas ainda não haviam secado em seus belos olhos."Regozija-te", exclamou o Rouxinol, "regozija-te; terás tua rosa vermelha. Vou criá-la com minha música ao luar, e tingi-la com o sangue do meu coração. Tudo que te peço em troca é que ames de verdade, pois o Amor é mais sábio que a Filosofia, por mais sábia que ela seja, e mais poderoso que o Poder, por mais poderoso que ele seja. Suas asas são da cor do fogo, e tem a cor do fogo seu corpo. Seus lábios são doces como o mel, e seu hálito é como o incenso.

Estudante levantou os olhos e ficou a escutá-lo, porém não compreendia o que lhe dizia o Rouxinol, pois só conhecia as coisas que estão escritas nos livros.Mas o Carvalho compreendeu, e entristeceu-se, pois ele gostava muito do pequeno Rouxinol que havia construído um ninho em seus galhos."Canta uma última canção para mim", sussurrou ele; "vou sentir-me muito solitário depois que tu partires."Assim, o Rouxinol cantou para o Carvalho, e sua voz era como água jorrando de uma jarra de prata.Quando o Rouxinol terminou sua canção, o Estudante levantou-se, tirando do bolso um caderno e um lápis."Forma ele tem", disse ele a si próprio, enquanto se afastava, caminhando pelo arvoredo, "isso não se pode negar; mas terá sentimentos? Temo que não. Na verdade, ele é como a maioria dos artistas; só estilo, nenhuma sinceridade. Não seria capaz de sacrificar-se pelos outros. Pensa só na música, e todos sabem que as artes são egoístas. Mesmo assim, devo admitir que há algumas notas belas em sua voz. Pena que nada signifiquem, nem façam nada de bom na prática." E foi para seu quarto, deitou-se em sua pequena enxerga e começou a pensar em seu amor; depois de algum tempo, adormeceu.

E quando a Lua brilhava nos céus, o Rouxinol voou até a Roseira e cravou o peito no espinho. A noite inteira ele cantou apertando o peito contra o espinho, e a Lua, fria e cristalina, inclinou-se para ouvir. A noite inteira ele cantou, e o espinho foi se cravando cada vez mais fundo em seu peito, e o sangue foi-lhe escapando das veias.Cantou primeiro o nascimento do amor no coração de um rapaz e de uma moça. E no ramo mais alto da Roseira abriu-se uma rosa maravilhosa, pétala após pétala, à medida que canção seguia canção. Pálida era, de início, como a névoa que paira sobre o rio - pálida como os pés da manhã, e prateada como as asas da alvorada. Como a sombra de uma rosa num espelho de prata, como a sombra de uma rosa numa poça d' água, tal era a rosa que floresceu no ramo mais alto da Roseira.Porém a Roseira disse ao Rouxinol que se apertasse com mais força contra o espinho. Aperta-te mais, pequeno Rouxinol", exclamou a Roseira, "senão o dia chegará antes que esteja pronta a rosa."Assim, o Rouxinol apertou-se com ainda mais força contra o espinho, e seu canto soou mais alto, pois ele cantava o nascimento da paixão na alma de um homem e uma mulher.E um toque róseo delicado surgiu nas folhas da rosa, tal como o rubor nas faces do noivo quando ele beija os lábios da noiva. Porém o espinho ainda não havia penetrado até seu coração, e assim o coração da rosa permanecia branco, pois só o coração do sangue de um Rouxinol pode tingir de vermelho o coração de uma rosa.E a Roseira insistia para que o Rouxinol se apertasse com mais força contra o espinho. "Aperta-te mais, pequeno Rouxinol", exclamou a Roseira, "senão o dia chegará antes que esteja pronta a rosa

Assim, o Rouxinol apertou-se com ainda mais força contra o espinho, e uma feroz pontada de dor atravessou-lhe o corpo. Terrível, terrível era a dor, e mais e mais tremendo era seu canto, pois ele cantava o Amor que é levado à perfeição pela Morte, o Amor que não morre no túmulo.E a rosa maravilhosa ficou rubra, como a rosa do céu ao alvorecer. Rubra era sua grinalda de pétalas, e rubro como um rubi era seu coração.Porém a voz do Rouxinol ficava cada vez mais fraca, e suas pequenas asas começaram a se bater, e seus olhos se embaçaram. Mais e mais fraca era sua canção, e ele sentiu algo a lhe sufocar a garganta.Então desprendeu-se dele uma derradeira explosão de música. A Lua alva a ouviu, e esqueceu-se do amanhecer, e permaneceu no céu. A rosa rubra a ouviu, e estremeceu de êxtase, e abriu suas pétalas para o ar frio da manhã. O Eco vou-a para sua caverna púrpura nas montanhas, e despertou de seus sonhos os pastores adormecidos. A música flutuou por entre os juncos do rio, e eles leva ram sua mensagem até o mar."Olha, olha!", exclamou a Roseira, "a rosa está pronta.

" Porém o Rouxinol não deu resposta, pois jazia morto na grama alta, com o espinho cravado no coração.E ao meio-dia o Estudante abriu a janela e olhou para fora."Ora, mas que sorte extraordinária!", exclamou. "Eis aqui uma rosa vermelha! Nunca vi uma rosa semelhante em toda minha vida. É tão bela que deve ter um nome comprido em latim." E, abaixando-se, colheu-a.

Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:* Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar,foi se enfiar justamente em meio a roseira que tem espinhos...

A filha do Professor estava sentada à porta, enrolando seda azul num carretel, e seu cãozinho estava deitado a seus pés."Disseste que dançarias comigo se eu te trouxesse uma rosa vermelha", disse o Estudante. "Eis aqui a rosa mais vermelha de todo o mundo. Tu a usarás junto ao teu coração, e quando dançarmos ela te dirá quanto te amo."Porém a moça franziu a testa."Creio que não vai combinar com meu vestido", respondeu ela; "e, além disso, o sobrinho do Tesoureiro enviou-me jóias de verdade, e todo mundo sabe que as jóias custam muito mais do que as flores.""Ora, mas és mesmo uma ingrata", disse o Estudante, zangado, e jogou a rosa na rua; a flor caiu na sarjeta, e uma carroça passou por cima dela."Ingrata!", exclamou a moça. "Tu é que és muito mal-educado; e quem és tu? Apenas um Estudante. Ora, creio que não tens sequer fivelas de prata em teus sapatos, como tem o sobrinho do Tesoureiro." E, levantando-se, entrou em casa.

"Que coisa mais tola é o Amor!", disse o Estudante enquanto se afastava. "É bem menos útil que a Lógica, pois nada prova, e fica o tempo todo a nos dizer coisas que não vão acontecer, e fazendo-nos acreditar em coisas que não são verdade. No final das contas, é algo muito pouco prático, e como em nossos tempos ser prático é tudo, vou retomar a Filosofia e estudar Metafísica."Assim, voltou para seu quarto, pegou um livro grande e poeirento, e começou a ler.

Oscar Wilde

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A gota de mel.



Num vilarejo, um camponês abrira pequeno empório. Certo dia veio um pastor de aldeia vizinha, rapaz alto, robusto, atlético, cajado no ombro, canzarrão do lado.
– "Bom dia, amigo! Queria um pouco de mel. Você tem?".
– "Bom dia, pastor! Claro que tenho. Pega uma tigela e traz aqui!".

E assim, com sorrisos e boas maneiras os dois conversavam quando, de repente, uma gota de mel caiu no chão. Imediatamente uma mosca posou nela. O gato do camponês deitado que estava, ouvindo o zunido da mosca abriu um olho e aproximou-se bem devagarzinho do inseto. De repente com uma patada matou a mosca. Mas o cão que estava atento pulou encima do gato, sufocou-o debaixo dele, mordeu-o e por fim matando-o jogou-o longe.

– "Meu gato! Meu gato!" gritou o camponês. "Meu único companheiro, você o matou!" e pegando um espeto de ferro que estava a mão, enfiou-o goela abaixo do cachorro.
– "Seu canalha, patife, safado!" gritou o pastor."Você matou o meu ganha-pão, meu fiel companheiro, guardião das minhas ovelhas" e levantando o cajado desferiu terrível golpe na testa do camponês que se estatelou não chão dando o último suspiro.

Um vizinho que passava presenciou a cena e começou a gritar:
–"Assassino! Mataram o nosso amigo! Venham ver".

A aldeia toda acorreu. Homens, mulheres, crianças, pais, mães, filhos, filhas, irmãos, irmãs, sogros, sogras, noras, genros, cunhados, cunhadas acorreram e vendo o pastor com o cajado na mão começaram a apedrejá-lo. Pouco depois o forasteiro desabou e foi trucidado ali mesmo.
Um compatriota do pastor que estava presente, logo correu para a aldeia vizinha e começou a gritar:

–"Mataram nosso pastor! Os covardes atacaram-no todos juntos! Não lhe deram chance! São assassinos!".
A aldeia inteira se levantou e marcharam em direção a aldeia vizinha, alguns com espingardas, outros com picaretas, espadas, pás, pedaços de pau, machado, alguns a cavalo outros a pé, gritando:" Que tipo de gente é essa? Um pobre rapaz vai fazer compras e é assassinado! Que costume bárbaro! São verdadeiros selvagens! Vamos vingá-lo! Vamos!".

E deu-se uma verdadeira batalha. Era para ver quem mataria mais. Com gritos selvagens engalfinhavam-se. O sangue, feito rio, corria pelas ruas. E tudo se acalmou quando não havia mais ninguém dos dois lados.

Esses vilarejos situavam-se de um lado e de outro da fronteira de dois países. Quando o rei de um deles soube do acontecido, convocou seus ministros e disse:
- Acabo de ser informado que nossos vizinhos atravessando a fronteira, vieram para massacrar nosso povo. Não podemos tolerar tal agressão. Que nosso exército seja mobilizado. Vamos atacar esse país de covardes!"

O outro rei, por seu turno, fez exatamente o mesmo. Iniciou-se então uma guerra sangrenta que durou anos e anos, semeando terror, fome, e desgraça.

Quando os países ficaram exauridos, a guerra acabou. Os sobreviventes, nunca souberam o motivo dessa guerra.
Muitos anos mais tarde, tudo entrou na normalidade. Tudo foi esquecido pelas novas gerações e as pessoas voltaram a comprar mel ou vinho, sendo bem atendidos nos dois lados da fronteira.


Moral :as guerras começam quase sempre por motivos fúteis.

Tumanian - autor armênio

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Escada de Livros




A menina estava sentada num jardim, um jardim bonito mas rodeado de uma alta muralha. Estava só, a menina. Como tinha ela chegado a este jardim, quem tomava conta dela ou quem lhe dava de comer? Não me perguntem, porque não sei. Só posso dizer que estava ali e se sentia muito só. "Em algum lugar deve haver uma porta na muralha" - pensou. Lentamente, caminhou ao longo do muro a apalpar as pedras, mas não encontrou nenhuma brecha ou abertura. Bateu na parede, mas o som era igual em todo o lado.
Sentou-se então debaixo de uma grande árvore, no meio do jardim. E ouviu, lá no alto, um chilrear de pássaros.
De repente, apareceu um livro mesmo ao lado da menina. Ela abriu-o e viu um A maiúsculo e, à direita, a imagem de
urna ave, a de uma abelha e a de uma aranha. Na página seguinte, havia um B junto a uma bola, um bebe e uma bolinha de gude.
Quando a menina já tinha aprendido todas as letras, chegou um segundo livro flutuando no ar e pousou junto dela; depois um terceiro, um quarto e um quinto... A menina pôs-se a folheá-los.
Cada livro fazia um barulho diferente. Em seguida cheirou-os e cada um tinha um odor próprio.
Ao princípio, a menina só lia as letras, mas depois as letras transformaram-se em palavras, as palavras em frases e, por fim, em histórias.
A menina, não parava de ler. Montou elefantes e camelos, embarcou numa canoa e até deslizou a toda a velocidade sobre o gelo num trenó puxado por cães.
Sentou-se no trono dourado de um palácio e instalou-se na colorida manta de uma tenda de índios. Mas, nos livros, ela encontrou sobretudo outras crianças - crianças divertidas ou tristes, tímidas ou atrevidas, sossegadas ou travessas.
Quando a menina dormia, sonhava com outros meninos. Quando lia, estava com eles. Quando porém estendia a mão para tocar algum menino, tomava a ficar só, e sentia-se triste.
De repente teve uma idéia. Pegou nos livros e com eles fez uma escada muito alta, até conseguir subir por ela e olhar sobre a muralha.
Do outro lado, descobriu um jardim e nesse jardim estava sentado outro menino.
"Eh! Estás a ouvir?", chamou ela.
Ansioso, o pequeno desconhecido ergueu os olhos e estendeu os braços.
Então, a menina desceu ao seu jardim, juntou uma pilha de livros e subiu outra vez até ao alto da muralha. O rapazinho tinha escondido a cara entre as mãos e estava a chorar.
"Aí vão!", gritou a menina deixando cair um livro após outro.
Devagar, como as folhas de uma árvore, os livros caíram na erva.
Sete vezes foi a menina buscar mais, até o menino conseguir fazer com eles uma escada do outro lado da muralha. Em seguida, passo a passo, o rapazinho subiu com toda a prudência.
Os dois meninos deram então as mãos, abraçaram-se e riram. Depois, sentaram-se juntos na muralha, balançando as pernas.
Renate Welsh*

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Uma dica legal...

Oi...

hoje, vou falar de um livro que amei ler e indico para todos...
A história é, mais ou menos, assim:

Depois de aprender sobre a Idependência dos Estados Unidos,Judy se entusiasma com a LIBERDADE.
E o que mais deseja agora é ser livre:das regras estabelecidas pelos pais,do pestinha do seu irmão,o Chiclete...
Será que Judy está pronta para ser mais independente ?

beijos
Se alguém já leu um livro dessa mesma coleção escreva um comentário.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Cheguei...








Estou muito feliz por estar aqui dividindo com meus amigos ( e amigas , claro!) - a partir de agora- minha paixão por leitura.



Vou adorar conversar com todo mundo, dar e receber dicas de leitura, comentar sobre o que a gente lê na escola , e sobre muito mais .



Estarei postando sempre que possível. Espero que dê certo e que todos gostem de vir aqui





Gente, apareça!!!!!



Beijos.